Polícia encontra corpo de mulher dentro de mala

Fonte G1

Polícia encontra corpo de mulher dentro de mala e prende suspeito pelo crime em SP

Câmera de segurança gravou homem deixando bagagem com vítima em rua da Zona Leste da capital. Segundo a investigação, ele confessou o assassinato.


A polícia de São Paulo encontrou o corpo de uma mulher dentro de uma mala e prendeu o suspeito pelo assassinato. Segundo a investigação, ele confessou o crime. Câmeras de segurança gravaram na madrugada de terça-feira (14) o momento que um homem deixa a bagagem, onde a vítima estava, em uma rua da Zona Leste da capital (veja vídeo acima).
De acordo com a polícia, Roberivaldo Diniz da Silva, de 38 anos, é o homem que aparece nas imagens carregando a mala onde estava o corpo de Rosemere da Silva Gomes, de 34.

O crime

O caso ocorreu no Jardim Nélia e foi registrado como homicídio no 67º Distrito Policial (DP), Jardim Robru. Como o crime envolve um caso de violência de homem contra uma mulher, existe a possibilidade de que ao final da investigação a natureza da ocorrência seja mudada para feminicídio.
O feminicídio é uma qualificadora do homicídio para endurecer a pena a quem mata a vítima simplesmente por ela ser uma mulher.
A Polícia Militar (PM) localizou a mala com o corpo de Rosemere após informações passadas à corporação sobre uma bagagem abandonada.
O assassino foi identificado pelas câmeras de segurança e preso após denúncias anônimas passadas aos policiais. A Polícia Civil depois identificou a vítima.
De acordo com os policiais, as cenas mostram Roberivaldo abandonando a mala com o corpo numa quadra de esportes a cerca de 300 metros de distância da casa onde ele morava.

Confissão

Após ser preso em flagrante, o homem confessou o crime, segundo a polícia. Ele não tinha antecedentes criminais. A investigação ainda tenta localizar a família de Rosemere.
Segundo a PM, o preso alegou que conheceu a mulher em uma estação de trem no Itaim Paulista. Depois a convidou para ir até a residência dele, onde os dois tomaram bebida alcoólica e consumiram drogas. A vítima seria sem-teto e usuária de entorpecentes.
Ainda segundo a Polícia Militar, Roberivaldo afirmou que manteve relações sexuais com Rosemere. Em seguida, sem informar o motivo, matou a mulher, aparentemente asfixiada.
“Ele acabou matando a mesma e desceu para um bar próximo da sua residência, ingeriu um pouco mais de bebida alcoólica e posterior, voltou a sua residência, permaneceu dormindo, por cerca de meia hora, 50 minutos, onde ele acabou pensando em colocar ela numa mala e levou para o local pela Rua Linária, onde ele abandonou o corpo da mesma”, disse o soldado da PM Rinaldo da Silva Ribeiro.

Feminicídio na pandemia

Levantamento divulgado pelo Ministério Público (MP) de São Paulo mostra que os casos de violência contra a mulher aumentaram neste período de distanciamento social em razão da pandemia de coronavírus.
Em fevereiro foram registradas 177 prisões em flagrante. Em março, quando muitas famílias começaram a ficar em casa, esse número subiu para 268. Alta de 51%.
O número de medidas protetivas também subiu. E em fevereiro foram pouco mais de 1.900. Em março, 2.500. Quase 30% a mais.
Esse estudo mostra ainda que a casa é o lugar onde a mulher mais sofre violência. Foi onde 76% das vítimas de feminícidio morreram.

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