Cientistas testam remédio que impede Coronavirus de infectar células humanas

Cientistas testam remédio que impede Sars-CoV-2 de infectar célula humana

Medicamento atua na proteína das células que se conecta ao novo coronavírus e permite sua entrada em nosso corpo, causando a Covid-19

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  • Redação Galileu
 Atualizado em 
Cientistas testam remédio que impede Sars-CoV-2 de infectar células humanas (Foto: IMBA/TIBOR KULCSAR)
Cientistas testam remédio que impede Sars-CoV-2 de infectar células humanas (Foto: IMBA/TIBOR KULCSAR)
Uma equipe liderada por pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, está estudando um medicamento experimental que bloqueia a "porta de entrada" que o Sars-CoV-2 usa para infectar as células humanas. A descoberta, publicada no periódico Cell, pode ser um tratamento promissor contra o novo coronavírus, causador da Covid-19.
"Esperamos que nossos resultados tenham implicações no desenvolvimento de um novo medicamento para o tratamento dessa pandemia sem precedentes", afirmou Josef Penninger, líder da pesquisa, em comunicado
Segundo a equipe, o foco de estudos é uma proteína da superfície da membrana celular conhecida como ACE2. Ela é a parte das nossas células que funciona como recceptora da proteína spike do novo coronavírus — e é por meio dela que o Sars-CoV-2 entra no nosso corpo.
Em uma pesquisa anterior, os cientistas descobriram que a ACE2 é a principal receptora do coronavírus causador da SARS, doença respiratória viral que atingiu o mundo em 2003. Além disso, a equipe relacionou essa proteína a doenças cardiovasculares e insuficiência pulmonar causadas pela infecção.
“Nosso novo estudo fornece evidências diretas muito necessárias de que um medicamento chamado de APN01, que será testado em ensaios clínicos pela empresa europeia de biotecnologia Apeiron Biologics, será útil como terapia antiviral para Covid-19”, observou Art Slutsky, coautor do estudo.
Os especialistas estão otimistas porque em testes realizados com culturas celulares, o APN01 se mostrou promissor contra o novo coronavírus. De acordo com a equipe, a droga diminuiu o grau clínico de infecção por Sars-CoV-2 em réplicas de tecidos humanos feitas em laboratório.
“Nosso trabalho ajudou a identificar rapidamente o ACE2 como o porta de entrada para o Sars-CoV-2, o que explica muito sobre a doença", disse Penninger. "Agora sabemos que [o medicamento testado] pode ser de fato uma terapia real que visa especificamente a porta por onde o vírus entra para nos infectar. Há esperança para esta pandemia horrível."
Fonte G1

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